sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ventilação

VOLUMES PULMONARES

Antes de examinar o movimento de gás no pulmão é útil uma vista de relance dos volumes estáticos do pulmão:

Obs.: O volume corrente corresponde a respiração normal. Após uma inspiração máxima, todo volume de ar expirado corresponde à capacidade vital e o ar que permanece dentro dos pulmões é o volume residual. O volume de gás que permanece no pulmão após uma expiração normal é chamado de capacidade residual funcional. A capacidade inspiratória corresponde a quantidade de gás inspirado após uma expiração normal. Já o volume de reserva inspiratório corresponde ao ar que entra nos pulmões após uma inspiração normal.
Obs. 2: As formas de se medir as capacidades e volumes são o espirômetro simples (incapaz de medir: CRF e VR), técnica de diluição de Hélio e o pletismógrafo corporal (ambos capazes de medir CRF e VR).


VENTILAÇÃO

Suponhamos que o volume exalado com cada respiração seja de 500 ml e que haja 15 respirações/min. Então o volume total que deixa os pulmões a cada minuto é de 500 x 15 = 7.500 ml/min. Isto é conhecido como ventilação total. O volume de ar que entra nos pulmões é ligeiramente maior porque mais O2 é captado do que CO2 é eliminado. Entretanto nem todo ar que passa pelos lábios atinge o compartimento do gás nos alvéolos, onde ocorre a troca, permanecendo no espaço morto anatômico. Assim, o volume de gás fresco que entra na zona respiratória a cada minuto é (500 – 150) x 15 ou 5.250 ml/min. Isto é chamado de ventilação alveolar, e é de capital importância porque representa a quantidade de ar inspirado fresco disponível para troca gasosa.

Obs.: Ou seja: ventilação total é igual ventilação do espaço morto anatômico mais ventilação alveolar. Assim, ventilação alveolar é igual a ventilação total menos a ventilação do espaço morto anatômico.

Obs. 2: A ventilação normal é uma atividade cíclica que possui duas fases: inspiração e expiração.

ESPAÇO MORTO ANATÔMICO

Corresponde ao volume das vias aéreas de condução. O valor normal é cerca de 150 ml, e ele aumenta com inspirações grandes em virtude da tração exercida sobre os brônquios pelo parênquima pulmonar circundante. O espaço morto anatômico também depende do tamanho e postura do indivíduo. Ele pode ser medido pelo método Fowler.

ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO

Corresponde ao volume de gás na zona de troca que não realizou troca gasosa, ou seja, o volume do pulmão que não elimina CO2. Ele pode ser medido pelo método de Bohr.

DIFERENÇAS REGIONAIS NA VENTILAÇÃO

A ventilação por unidade de volume é a maior de todas próximo da base do pulmão e torna-se progressivamente menor para o ápice.

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